Criança

Como cuidar do bebê recém-nascido em pleno verão?

Os dias quentes do verão podem se tornar uma preocupação a mais para as mamães, especialmente as de primeira viagem. Afinal, já são muitas as novidades e desafios nas primeiras semanas do novo membro da família em casa. E o calorão ainda traz mais algumas dúvidas. Como cuidar do recém-nascido no verão de altas temperaturas? E como protegê-lo das picadas de mosquitos e pernilongos como o Aedes aegypti — que transmite a dengue, a chikungunya e o zika vírus?

Neste artigo reunimos algumas informações para ajudá-la nos cuidados com a saúde do recém-nascido no verão e também dicas sobre como vesti-lo para que ele fique confortável, sem passar muito calor. Confira!

Cuidados com o bebê recém-nascido no verão

Cuidados com a hidratação

Recém-nascidos se desidratam com muita facilidade. Por isso, nos dias mais quentes é importante ter uma atenção especial com a hidratação dos pequenos. Altas temperaturas e ambientes com pouca circulação de ar podem fazer com que os bebês transpirem mais e percam mais líquidos, o que pode levar à desidratação.

Moleira funda, boca seca, urina escura e menor frequência de xixi indicam que o bebê está desidratado. Crianças que mamam no peito raramente se desidratam com o calor, mas é bom ficar atenta a esses sinais, pois a desidratação é muito perigosa para recém-nascidos.

Hidratação durante o aleitamento materno

Para os bebês que estão em aleitamento materno exclusivo — indicado até os seis meses de vida —, a recomendação é reduzir o intervalo entre as mamadas.

Recém-nascidos que mamam apenas no peito não precisam tomar água! Nos primeiros minutos da mamada, o leite é rico em água justamente para matar a sede do bebê. Em contrapartida, as mamães precisam tomar mais líquidos para atender às necessidades do pequeno e também não se desidratar.

Hidratação para os bebês que usam fórmulas

Se o seu bebê se alimenta com fórmulas (leites artificiais), fale com seu pediatra sobre a necessidade de dar água a ele, especialmente nos dias mais quentes. Alguns médicos defendem que a água usada no preparo desses leites já é o suficiente. Outros, no entanto, aconselham dar um pouco de água a mais para o bebê, já que as fórmulas contém sódio.

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Cuidados ao expor o recém-nascido ao sol

O sol é importante para a síntese de vitamina D, mas é necessário ter atenção especial com a exposição do bebê. Em geral, a recomendação é que os banhos de sol sejam dados a partir dos 15 dias de vida e por apenas 30 minutos por semana, nos horários com menor emissão de raios ultravioletas — antes das 10 horas da manhã e depois das 16 horas.

Se o bebê for sair ao sol, use chapéus e viseiras para proteger sua pele e seus olhos, que também são muito sensíveis à luz.

Cuidados com o uso de protetor solar

Bebês com menos de seis meses não podem usar protetor solar. Isso porque sua pele é muito sensível e absorve com facilidade o produto. Como o organismo da criança ainda é imaturo, seu sistema excretor não consegue eliminar os resíduos do protetor, o que causa intoxicação.

Após os seis meses, a estrutura da pele do bebê já é parecida com a de um adulto e ele pode usar o produto com segurança. A recomendação é usar protetores que tenham fator 15, no mínimo.

Cuidados com o uso de repelentes

Em tempos de denguezika e chikungunya é comum que os pais fiquem mais apreensivos para proteger o recém-nascido das picadas de mosquitos e outros insetos. No entanto, assim como o protetor solar, os repelentes não podem ser usados em bebês com menos de seis meses de vida.

A opção para proteger o pequeno é usar mosquiteiros no berço e telas nas janelas para evitar a entrada dos pernilongos.

O uso de repelentes elétricos não é consenso entre os médicos. Assim, antes de colocar um no quarto do bebê, converse com o pediatra.

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Repelentes para bebês maiores de seis meses

Após os seis meses, os bebês podem usar repelentes, mas com moderação. Também é preciso ficar atenta ao tipo e concentração da substância que o produto contém. Repelentes com DEET e icaridina na concentração de 10% podem ser usados — já na concentração de 20% são tóxicos para as crianças pequenas.

O melhor é falar antes com o pediatra para que ele indique o melhor repelente e a concentração correta para a idade do seu bebê. Leia com atenção as instruções de uso antes de passar o produto na criança.

Cuidados com o ar-condicionado

Em cidades mais quentes, o uso do ar-condicionado é comum até mesmo nas residências. No entanto, quando há um recém-nascido em casa, o zelo com a limpeza do aparelho deve ser redobrado. O sistema respiratório do bebê ainda está em adaptação e todo tipo de poeira ou partículas podem irritar suas vias aéreas, causando alergias, rinites, bronquites e outras doenças respiratórias.

Mantenha a temperatura agradável, entre 23 e 24 graus, e evite expor o bebê às mudanças bruscas de temperatura. Se ele sair de repente do frio para o calor do dia, vai sofrer um choque térmico que pode causar um resfriado.

Cuidados com o uso de ventiladores

Ao usar ventiladores, opte pelos modelos que permitem colocar água nos compartimentos inferiores. Esse sistema ajuda a resfriar o ambiente e é mais eficiente do que o modelo tradicional. Não coloque o ventilador virado diretamente para o bebê, pois também pode causar choque térmico.

Cuidados com o guarda-roupa de verão do recém-nascido

Após algumas horas do nascimento, o bebê já se adapta à temperatura ambiente e passa a perceber o calor e o frio da mesma forma que os pais. Assim, não é necessário agasalhar demais o pequeno. Em dias muito quentes, inclusive, isso pode levar à desidratação.

Os bebês podem e devem usar roupas de verão. Observe a temperatura e o comportamento do seu filho. Use roupas mais leves e de algodão, que são mais confortáveis, e se o tempo estiver muito quente pode deixar o pequeno apenas de fraldas, sem problemas.

Abuse dos bodies de mangas curtas, camisetinhas, shorts e deixe as perninhas destampadas. O uso de meias e sapatos durante o dia também são dispensáveis.

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Cuidados com a temperatura corporal do recém-nascido

Se o corpo do bebê estiver muito quente, pode ser sinal de que ele está com calor. Antes de se preocupar com uma febre, retire um pouco de suas roupas e veja se o corpo resfria.

Uma boa forma de saber se o bebê está muito ou pouco vestido é observar seu rosto. Se estiver avermelhado e suado, é um indicativo para colocar uma roupa mais fresca. Quando sentem calor, os bebês também podem ficar mais irritados, molinhos e sonolentos. Se a boquinha ficar um pouco mais arroxeada, ele está com frio e é bom agasalhá-lo um pouco.

É muito comum que as mãos e os pés dos recém-nascidos fiquem mais frios, mesmo nos dias quentes. Assim, o melhor é mesmo observar a temperatura corporal.

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    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    (CRM: 876879RJ)
    Graduação em Medicina pela Universidade Estácio de Sá;
    Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Certificado de Atuação na Área de Endocrinologia Pediátrica (CAAEP)- RJ; Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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