Muitas mulheres relatam uma maior sensibilidade da pele e episódios de coceira e comichões durante a gestação. A sensação é comum nesse período, podendo ter causas variadas, mas, como qualquer mudança inesperada, deixa as futuras mamães bastante preocupadas e desconfortáveis com esse sintoma, que é no mínimo desagradável.
Porém, nem sempre a coceira na gravidez está diretamente relacionada à gestação, podendo ser resultado de uma doença de pele pré-existente ou alergias a produtos e alimentos.
A maioria dos casos não traz riscos para a gestante ou para o bebê, mas há outros, em especial a colestase da gravidez — uma condição bastante rara, que acomete 0,1% a 2% das gestações — que exige uma atenção maior e cuidados médicos específicos, pois pode ser grave e levar à morte do feto.
Neste artigo, listamos 5 causas da coceira na gravidez. Vamos explicar seus motivos e sintomas relacionados, além das formas de tratamento e dicas para amenizar o desconforto. Boa leitura!
5 causas para coceira na gravidez
1. Colestase da gravidez
A colestase é uma condição em que há um descompasso do metabolismo hepático, o que provoca o acúmulo de sais biliares em todo o organismo da gestante. Quando esses sais se depositam na pele, causam coceiras intensas, geralmente nas plantas dos pés e palmas das mãos, podendo se espalhar pelo corpo. Normalmente, aparece no terceiro trimestre da gravidez.
Os motivos para esse mau funcionamento hepático ainda não são claros, mas, acredita-se que esteja relacionado ao aumento do hormônio estrogênio, além de ter uma predisposição genética — mulheres andinas, grávidas de gêmeos e as que fizeram fertilização in vitro têm mais chances de desenvolverem a condição.
Riscos para o bebê
A colestase não é perigosa para a mulher, porém, pode comprometer seriamente a saúde do bebê, inclusive provocando sua morte. Quando os sais biliares se concentram na placenta podem provocar um parto prematuro ou comprometer os vasos sanguíneos que levam nutrientes e oxigênio para o pequeno.
Sintomas relacionados
Além da coceira intensa, a colestase pode apresentar os seguintes sintomas:
- urina escura;
- fezes muito claras;
- pele amarelada;
- fadiga, insônia e mal-estar (ocorrem com menor frequência).
Tratamento e cuidados
O mais importante da colestase é o diagnóstico precoce. Assim que a condição é confirmada, o pré-natal é intensificado para acompanhar mais de perto a saúde do bebê por meio do exame clínico e de exames como a cardiotocografia (CTG) — que monitora a frequência cardíaca do bebê — e o ultrassom com doppler, que permite analisar a qualidade do fluxo sanguíneo para o feto, entre outras informações.
Na maioria dos casos de colestase é necessário antecipar o parto — normalmente para a semana 37 a 39, de acordo com o estado de saúde do bebê. Com esses cuidados, o pequeno chega com muita saúde e sem nenhum problema.
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2. Dermatite de contato e alergias
Boa parte das coceiras sentidas pelas gestantes está relacionada a alguma dermatite de contato ou alergia. Essas condições, geralmente, não trazem nenhum risco para o bebê, mas são um grande incômodo para a mamãe. A gestação diminui a imunidade da mulher, deixando-a mais sensível às substâncias e alimentos alergênicos, como perfume, pólen de flores, amendoim e frutos-do-mar —, mesmo que a gestante não tivesse essas alergias antes de engravidar.
A pele também fica mais delicada e pode reagir a produtos de beleza antes usados com frequência, como esmaltes e cremes. O próprio atrito com a roupa pode causar irritações que deixam o local avermelhado e com comichões.
Nesses casos, a melhor forma para evitar o problema é deixar de comer alimentos com muitos corantes e com alto poder de alergia e usar roupas macias e confortáveis, para evitar a coceira por atrito. Se algum cosmético de uso regular lhe der reação alérgica, suspenda o uso imediatamente e fale com seu médico.
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3. Pele seca
Algumas gestantes podem ficar com a pele mais seca, especialmente durante o inverno. Com menos hidratação, há uma maior propensão às coceiras. Para evitar e aliviar o problema basta tratar a pele com um creme hidratante neutro e beber bastante água.
Evite tomar banhos muito quentes, pois a temperatura elevada da água também retira a oleosidade natural da pele, causando ressecamentos, coceiras e pinicação.
4. Candidíase
O aumento dos níveis de estrogênio durante a gravidez favorece a proliferação da bactéria Candida Albicans, presente naturalmente na região vaginal — tornando a candidíase uma condição muito comum entre as gestantes. Os sintomas característicos do problema são coceira intensa na vagina e corrimento leitoso. A região pode ainda ficar avermelhada e sensível.
A candidíase não traz riscos para o bebê durante a gravidez, mas pode contaminá-lo no canal de parto, se estiver ativa, causando o popular sapinho. A mãe pode ser novamente contaminada pelo pequeno durante as mamadas, desenvolvendo um quadro de candidíase mamária, o que pode dificultar a amamentação.
Durante a gravidez a candidíase pode ser tratada com cremes vaginais e antifúngicos receitados pelo obstetra, sem riscos para a saúde da mamãe e do bebê.
Usar sabonetes específicos para a região íntima e calcinhas de algodão que permitam a respiração da pele ajuda a evitar o problema. Evite também protetores diários com cheiro e papel higiênico perfumado.
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5. Erupção polimórfica
Essa é uma das ocorrências dermatológicas mais comuns da gravidez. Não traz nenhum risco para o bebê, mas é extremamente incômoda para a mãe. Além da coceira intensa, pode aparecer uma variedade de lesões:
- pápulas no formato de bolinhas;
- pequenas bolhas (vesículas);
- lesões em forma de alvo.
É mais comum na primeira gestação e em gestantes que ganharam muito peso, quando o bebê é muito grande para a idade gestacional ou em gravidez de gêmeos. Suas causas são desconhecidas, mas as ocorrências sugerem que o estiramento excessivo da pele provoca uma resposta de defesa do organismo.
Geralmente o quadro começa com o aparecimento de estrias na barriga e coceira local. Em seguida, aparecem bolinhas vermelhas com coceira intensa. Essas bolinhas se tornam lesões maiores e se espalham pelo corpo, especialmente coxas, braços, costas e nádegas. Normalmente o problema se resolve sozinho e tem duração média de seis semanas. Não costuma reaparecer na segunda gravidez.
Apesar de ser um incômodo muito comum e, na maioria das vezes, sem gravidade ou riscos para a gestante e o bebê, a coceira na gravidez não deve ser negligenciada. Fale sempre com seu obstetra se ela for muito intensa ou vier acompanhada de outros sintomas.
Evite coçar a pele com força, pois há riscos de causar ferimentos que podem ser porta de entrada para bactérias e outros microrganismos. E nunca se automedique! Apenas o ginecologista ou o dermatologista podem receitar remédios para aliviar a coceira.
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Categorias: Gravidez , Saúde na gravidez
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